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A pré-campanha eleitoral para o pleito presidencial de 2026 já começou, mesmo que não se saiba quais serão os contendores. Os mais prováveis são Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro, o primeiro representando a Esquerda e o segundo, a Direita.
Primeira questão: se não forem candidatos, quem seriam os seus herdeiros? Os nomes mais citados são: Fernando Haddad, Rui Costa e Camilo Santana, pela via da Esquerda; Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, pela via de Centro-Esquerda; e Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Jr., pela via da Direita.
Este escriba se propõe a analisar a viabilidade de cada um, tendo como hipótese a continuidade da polarização que divide, hoje, o país em duas bandas. Nesse caso, a contenda seria entre o lulopetismo e a oposição. Comecemos com os dois principais protagonistas.
Lula - Fatores desfavoráveis
Bolsonaro – Fatores desfavoráveis
Se Lula e Bolsonaro não forem candidatos, quem seriam seus substitutos? Por enquanto, estes são os mais referenciados:
-Fernando Haddad (PT), de São Paulo, ministro da Fazenda do governo Lula. Apontado como o mais honesto e, também, o mais bem avaliado no quesito “visão”, em pesquisa feita pelo Instituto AtlasIntel. Calcanhar-de-Aquiles: a gestão da economia. O ministro dá sinais de que pretende disputar o Senado por São Paulo.
- Camilo Santana (PT), do Ceará), ministro da Educação. Ponto negativo: desconhecido. Ponto positivo: sucesso pelo bom desempenho do setor da educação no Ceará, quando era governador.
- Rui Costa (PT), da Bahia, ministro da Casa Civil. Ponto negativo: desconhecido. Ponto positivo: sucesso do programa “Insegurança Alimentar”, quando governou a Bahia.
Pela área de Centro-Esquerda, vislumbram-se dois nomes:
- Geraldo Alckmin (PSB), de São Paulo, ex-governador de SP e atual vice-presidente da República. Considerado o mais competente e o mais experiente pelo Instituto AtlasIntel. Ponto positivo: moderado. Ponto negativo: apoiado pelo PT.
- Ciro Gomes (PDT), do Ceará, ex-governador, ex-ministro. Considerado o maior polemista da política. Pontos positivos: domínio da linguagem política e da linguagem econômica; experiencia administrativa. Pontos negativos: linguagem desabrida, agressiva, e derrotado em quatro campanhas presidenciais.
Por parte da direita
- Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), bem avaliado nos quesitos competência, experiência, honestidade. Ponto negativo: apoio de Bolsonaro.
- Ronaldo Caiado, (União Brasil), de Goiás – Candidato à presidência da República em 1989(teve menos de 1% de votos), hoje é bem avaliado pelo eleitorado. Ponto negativo: pequena visibilidade, fator que pode ser corrigido na campanha de 2026, quando disporá de amplo tempo de exposição pública.
- Governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais- Empresário, apresenta-se como “perfil novo da política”. Governa um Estado, MG, que é o segundo maior colégio eleitoral do país (mais de 16 milhões de votos). Bem avaliado pelos mineiros, com mais de 60% de aprovação, de acordo com pesquisas recentes. Fator negativo: desconhecido.
- Ratinho Júnior (PSD), do Paraná. Bem avaliado pelos paranaenses - mais de 80% de aprovação -, conforme recente pesquisa Quaest. Ponto negativo: desconhecido.
A paisagem esboçada deverá ganhar retoques. O retrato acima captura apenas os perfis, hoje apontados pela mídia e/ou pelos partidos políticos como possíveis candidatos. A análise de viabilidade de protagonistas não leva em consideração um fator que pode desdizer tudo o que foi dito. Esse fator tem nome: o Imponderável.