O recado do eleitor foi claro: “vamos enterrar a ideologia, se não no cemitério das entidades mortas, pelo menos na gaveta das circunstâncias”. Foi o que vimos. O Brasil recolhe as bandeiras da esquerda, pelo menos por enquanto, até que novas circunstâncias e o espírito do tempo sugiram a necessidade de voltar a trocar as ferramentas da engrenagem. Lendo o recado em letras garrafais: na última eleição, o eleitor puxou o país para o centro, votando de maneira pragmática, deixando de lado posicionamentos ideológicos de esquerda e extrema-esquerda, e optando por votar com o olho nas demandas ao redor.

Certa feita, em seu segundo mandato, Luiz Inácio fez intenso apelo a seus ministros por mais ação e menos discurso, mais integração e menos divergência, mais criatividade e menos queixa de falta de verba. Batia de frente no modelo de gestão capenga que domina a administração pública federal e que ele próprio ajuda a entortar com a ampliação exagerada de ministérios e secretarias especiais, beirando os 40.

A esquerda e a direita estão entortadas. Pelo conceito que expressam, a esquerda representaria a defesa de visões progressistas, uma defesa intransigente de proteção à coletividade, significando a proteção dos direitos individuais, o alimento, a casa, a livre expressão.

Não é fácil sair do estado de inércia sob estruturas arcaicas que ligam o Brasil ao passado. Donde emerge a questão: que tipos de reformas se fazem necessárias para fazer avançar o país em sua trilha civilizatória? As indicações para se obter um estágio de modernização, de maneira quase consensual, assinalam para as necessidades de reformas do sistema político-partidário-eleitoral, da estrutura do Estado com a respectiva redefinição de atribuições e melhor divisão de competências entre os três poderes, do sistema tributário-fiscal e da previdência, reformas consideradas como prioritárias para redimensionar o perfil institucional do país.

      A propaganda eleitoral invadiu nossas casas. O eleitor se guiará por ela quando for às urnas neste domingo? Afinal, quando um eleitor opta por um candidato, que fatores balizam sua decisão? Esta foi a mais instigante questão da campanha. A resposta abriga componentes relacionados ao conceito representado pelo candidato e ao ambiente social e econômico que cerca os eleitores.

      Ano vai, ano vem, tudo é “como dantes no quartel d’Abrantes”. O Brasil abre a Assembleia Geral da ONU com o discurso de seu presidente, os candidatos às eleições municipais entoam o hino de promessas de sempre, o desgoverno paira sobre os protagonistas em todos os espaços, segue a vida aos trôpegos.

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