Os governos costumam creditar parcela de seu insucesso ao que designam como “herança maldita”. Mas a pior herança tem origem lá atrás, ao correr do fluxo civilizatório. Como reconhecem alguns dos nossos cientistas sociais, entre eles Hélio Jaguaribe, o Brasil conseguiu, entre os anos 40 e 70, montar o mais moderno Estado do Terceiro Mundo, ainda que este Estado tenha sempre carregado uma elevada dose de cartorialismo e clientelismo.

O país parece correr à deriva. Sem rumo nem prumo. O Judiciário adentra outros habitats, interferindo na afamada tríade dos Poderes

A foto é emblemática. Uma égua no alto do telhado de uma casa, olhando para a água que a cerca. Sem enxergar um palmo de terra firme que a encoraje a sair do desconforto. Na maior tragédia pluviométrica que assola o Rio Grande do Sul, o cavalo de Canoas, uma das cidades inundadas pelas enchentes, simboliza a perplexidade que toma conta não apenas dos gaúchos, mas de todos os brasileiros que nunca viram cenas tão devastadoras e intensas quanto as que lhe são expostas pela teia midiática. A cena de uma garotinha pedindo que o barqueiro pegasse uma boneca que flutuava na água é comovente. A boneca era um bebê. Realismo fantástico.

Trata-se do contingente de candidatos que tentarão mostrar aos eleitores, nas eleições de outubro, uma boca cheia de intenções

É possível existir um político que coloca o ideal coletivo acima de seu leque de interesses pessoais? Será que, nesses tempos de competição desvairada, alguém será capaz de entender a política como missão? A resposta carece de pressupostos, a partir de força moral do protagonista e de uma poderosa lupa para enxergar sua alma. A resposta, ademais, tem a ver com retidão de caráter.

Virão recursos novos das loterias e, quiçá, do bolso dos ricos, pelo que se deduz das falas do Fernando Haddad

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