A propaganda eleitoral invade nossas casas. O eleitor se guiará por ela quando for às urnas em 6 de outubro? Afinal, quando um eleitor opta por um candidato, que fatores balizam sua decisão? Esta é uma das mais instigantes questões das campanhas eleitorais. A resposta abriga componentes relacionados ao conceito representado pelo candidato e ao ambiente social e econômico que cerca os eleitores.

O Brasil está à procura de um herói. Mas o herói procurado não é aquele capaz de operar milagres, um São Jorge de espadas, disposto a matar os dragões da maldade. Quem vestiu esse manto, em tempos idos, acabou sendo eleito presidente da República, mas foi tragado pelo tufão social, que puxou seu impeachment, a partir de uma maré de denúncias e escândalos trombeteados pela mídia.

De lá para cá, a sociedade tomou um banho ético. Vacinou-se. E passou a desconfiar de perfis milagreiros. Por isso, o herói que o povo procura precisa ter face humana. Uma face plasmada pelos valores da honestidade, ética, autoridade, respeito, coragem, despojamento, simplicidade.

      Há alguém com esse perfil? Quem se arrisca a apontar algum? A nossa galeria de heróis é uma parede vazia. O atual dirigente do país já não ganha os aplausos das massas como no passado. Os pastores nas igrejas não conseguem empolgar multidões. Os fiéis estão atentos aos golpes demagógicos. No futebol, as decepções se acumulam. A seleção de futebol já não encanta. Neymar perdeu o brilho. Mas continua no trajeto do dinheiro. Os esportes estão marquetizados. As disputas são movidas pela força do metal.  E o glamour se esvai dos palcos e estádios, sufocando nossas emoções. As seleções femininas são, agora, o toque de novidade.

Aqueles que merecem aplausos unânimes estão enterrados no cantinho da saudade. Ayrton Senna foi um dos nossos heróis. Pelé nos deu adeus. A lembrança aponta alguns. Tancredo nem teve tempo de dar fulgor à imagem. Recebeu o pranto nacional, foi uma perda para nossas esperanças. Juscelino Kubitschek levantou nossa bandeira de progresso. Quem mais? Vultos de nossa história mais antiga. A geração de passagem não exibe estrelas brilhantes que mereçam destaque na constelação.

Arraes, Brizola, Covas, Itamar, Sarney, Fernando Henrique, cada um carrega alguns traços, mas foram nivelados pela mesmice.  Posicionamentos mais fortes acabaram ofuscados pelo processo de canibalização recíproca dos perfis.

No processo eleitoral em curso, o fenômeno que chama a atenção é a posição nas pesquisas do empresário-coach-influenciador- Pablo Marçal. Está na ponta das pesquisas em São Paulo, podendo vir a ser o próximo alcaide na prefeitura da maior metrópole do país e, como ele já adiantou em entrevistas, ambiciona sentar-se na cadeira presidencial no pleito de 2026.

Os governantes não gostam de ver seus retratos em preto e branco. Só a cores. Alguns até olham para o espelho, como a madrasta da Branca de Neve, e fazem a pergunta: “espelho, espelho meu, há alguém mais competente do que eu”?

      Joe Biden, nos EUA, tem dito e repetido que Donald Trump é um mentiroso contumaz. E o republicano, agora com uma bandagem branca sobre uma orelha, torna-se favorito ao pleito de novembro, graças ao atentado de que foi vítima. Produziu uma foto icônica, punho erguido, sangue escorrendo da orelha para as bochechas, com a estética que o insere no altar dos heróis, reforçada pelo grito: “lutem, lutem, lutem”.

O tema está na ordem do dia. Deve haver um limite de idade para alguém poder pleitear o cargo de presidente da República? A maioria dos norte-americanos, 78% da população, acha que sim. A polêmica se dá em torno dos traços de senilidade apresentados pelo presidente Joe Biden, por ocasião do debate entre ele e o adversário republicano, Donald Trump, promovido pela CNN, dias atrás.

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