Joe Biden, nos EUA, tem dito e repetido que Donald Trump é um mentiroso contumaz. E o republicano, agora com uma bandagem branca sobre uma orelha, torna-se favorito ao pleito de novembro, graças ao atentado de que foi vítima. Produziu uma foto icônica, punho erguido, sangue escorrendo da orelha para as bochechas, com a estética que o insere no altar dos heróis, reforçada pelo grito: “lutem, lutem, lutem”.

O tema está na ordem do dia. Deve haver um limite de idade para alguém poder pleitear o cargo de presidente da República? A maioria dos norte-americanos, 78% da população, acha que sim. A polêmica se dá em torno dos traços de senilidade apresentados pelo presidente Joe Biden, por ocasião do debate entre ele e o adversário republicano, Donald Trump, promovido pela CNN, dias atrás.

Uma lembrança.

Clístenes foi o legislador de Atenas, que introduziu um pacote de reformas consideradas fundamentais para o nascimento da democracia. Democracia: demo, povo, e kratos, poder soberano. O poder soberano ao povo. Isso em 514. a.C. De lá para cá, a participação popular na política se consolidou, a ponto de, hoje, ser um divisor de água entre as Nações, aquelass assentadas nos direitos dos cidadãos, e as que fincam suas estacas no terreno pantanoso das ditaduras, sob a mão de ferro de déspotas e sanguinários.

Quinto Túlio, no ano 64 a.C, em carta ao irmão, o grande tribuno Cícero, que se candidatava ao Consulado de Roma, dizia: Três são as coisas que levam os homens a se sentir cativados e dispostos a dar o apoio eleitoral: um favor, uma esperança ou a simpatia espontânea.

Se a política é a arte do possível, como tem sido conceituada, cabe considerá-la cada vez mais um exercício de fuga diante da realidade, principalmente nesses tempos de  teatralização da vida pública, povoada por atores que recitam ladainhas decoradas e publicitários interessados em embalar os perfis no celofane de um ilusionismo falso.

O país está de um lado e o Governo, de outro. As derrotas sequenciais do Governo no Congresso Nacional e as falas desastradas do presidente Lula mostram que a gestão  governamental está apartada da moldura política. E, por consequência, da esfera social. Até parece que o governo faz ouvidos moucos ao clamor social. Insensibilidade ou ignorância? Lula tenta se agarrar ao velho discurso de que importa, sobretudo, aumentar a gastança, abrir os cofres e mandar para a cesta de lixo o manual de controle fiscal. Se deu certo, ontem, deve pensar, por que não dará certo hoje? O dólar dispara, a bolsa de valores despenca, a teia de apoios ao governo no Congresso se esgarça. O Brasil político anda de cadeira de rodas, o Brasil econômico navega no fio da navalha e o Brasil social enfrenta as últimas ondas de esperança.

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