Um mar de denúncias toma conta do território. Por todos os lados, chovem denúncias. A Pátria Amada está mais parecendo uma Pátria des(amada).  Estamos vendo coisas erradas do Norte ao Sul. Ou será que essa onda oceânica do denuncismo é coisa normal? Tentemos entender. Há de se compreender a índole do Brasil. 

       Daqui a pouco, chega dezembro, o mês que carrega um largo espaço para reflexão. Um tempo que nos convida a pensar sobre as nossas vidas, a partir da insensatez desses tempos turbulentos. Tempo de recauchutar o espírito. Aproveito para sugerir uma pauta temática, pinçando fatos, historinhas e um apólogo, escolhidos para iniciar uma breve leitura do cotidiano.

O “novo” é um traço recorrente da política. Ressuscita, sempre, na alvorada das mudanças de governantes. Esconde-se nas moitas das administrações, desaparece na poeira da mesmice, mas volta quando os eleitos ou reeleitos abrem um novo ciclo de vida. Em janeiro, o “novo” será entronizado nos assentos do poder executivo, onde vencedores dos pleitos prometem uma revolução. Afinal, ninguém quer posar de velho.

O mundo abre os olhos na direção do horizonte e tenta enxergar as retas e curvas do caminho. Quer ver se consegue descobrir o quê e o porquê os nossos irmãos do Norte, que habitam a maior potência econômica e militar do planeta, escolheram para liderá-los um empresário da área do entretenimento, conhecido por sua expressão misógina e machista, dando a ele um superpoder, eis que seu retorno ao assento no Salão Oval da Casa Branca pode ser considerado o mais retumbante da história norte-americana.

O recado do eleitor foi claro: “vamos enterrar a ideologia, se não no cemitério das entidades mortas, pelo menos na gaveta das circunstâncias”. Foi o que vimos. O Brasil recolhe as bandeiras da esquerda, pelo menos por enquanto, até que novas circunstâncias e o espírito do tempo sugiram a necessidade de voltar a trocar as ferramentas da engrenagem. Lendo o recado em letras garrafais: na última eleição, o eleitor puxou o país para o centro, votando de maneira pragmática, deixando de lado posicionamentos ideológicos de esquerda e extrema-esquerda, e optando por votar com o olho nas demandas ao redor.

Certa feita, em seu segundo mandato, Luiz Inácio fez intenso apelo a seus ministros por mais ação e menos discurso, mais integração e menos divergência, mais criatividade e menos queixa de falta de verba. Batia de frente no modelo de gestão capenga que domina a administração pública federal e que ele próprio ajuda a entortar com a ampliação exagerada de ministérios e secretarias especiais, beirando os 40.

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